Como lidar com epilepsia em seu gato?

Epilepsia é uma doença do sistema nervoso que acomete humanos e também um grande número de animais, assim como os pets mais adorados: os cães e gatos. Ela é caracterizada por convulsões frequentes e repetitivas, que podem variar de intensidade e duração.

 

Nas convulsões consideradas mais leves, você pode observar que seu gato muda de comportamento de uma hora para outra. Fica com os olhos parados, o olhar fixo e pode chegar a babar. Nas convulsões mais graves, o seu gato se debate involuntariamente, sendo vítima de espasmos incontroláveis. Em muitos casos o felino perde a consciência, e pode vomitar, urinar ou até mesmo defecar durante um ataque.

O que fazer caso seu gato tenha uma crise de convulsão

Caso identifique que seu gato está tendo uma convulsão, o mais importante é nunca aproximar suas mãos da boca do animal. Ele pode morder você sem perceber e não conseguir soltar por causa dos espasmos musculares, o que pode causar ferimentos bastante sérios.

Além disso, é muito importante não tentar movimentar seu gato ou mudá-lo de lugar. Apenas coloque almofadas ao redor do seu pet para que ele não se machuque batendo em objetos pontiagudos e cortantes.

Outra orientação importante é desligar quaisquer objetos que estão fazendo barulho, como televisores, aparelhos de som e máquinas como a de lavar, por exemplo. Em seguida, apague as luzes e feche as cortinas do ambiente em que seu gato está. Esses cuidados evitam que seu gato receba estímulos sensoriais do ambiente, que podem fazer com que a convulsão dure mais.

Assim que a convulsão chegar ao fim pegue o seu gato com um cobertor ou enrole-o em uma toalha e leve-o imediatamente para um hospital veterinário ou pronto atendimento de emergência. É comum que uma convulsão seja seguida de outras, e é preciso que o veterinário administre uma medicação injetável para impedir novas crises, além de identificar o que pode ter causado o ataque.

Tratamento da epilepsia em gatos

No caso dos gatos, a situação é ainda mais delicada, uma vez que a grande maioria dos medicamentos utilizados para controlar as crises de cães são tóxicos para os felinos.

Os medicamentos fenobarbitais são os mais indicados para tratar epilepsia em gatos. Eles agem diminuindo a excitação neural, evitando a estimulação dos neurônios que é necessária para que uma convulsão aconteça.

Além do fenobarbital, o diazepam também pode ser prescrito por médicos veterinários. A diferença entre eles é que o último medicamento é administrado após uma convulsão, de modo a evitar que outras aconteçam na sequência.

É importante pontuar que o diazepam pode causar problemas sérios no fígado do seu gato e, por isso, é preciso conversar com seu médico seriamente sobre os prós e os contras da prescrição dessa medicação.

Muitos veterinários acabam optando por não tratar com medicamentos os felinos que possuem convulsões raras ou com intervalos longos, acima de três meses. No entanto, é importante evitar que gatos com epilepsia saiam na rua desacompanhados ou fiquem longos períodos sozinhos em casa.

É muito comum que os pets tenham convulsões causadas por intoxicação após a ingestão de alguma planta venenosa. Confira aqui a nossa lista das espécies tóxicas para pets mais comumente encontradas no Brasil e quais são os primeiros socorros que devem ser administrados.

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