Adoção de gato: você sabe os cuidados que deve ter?

Se você acha que animais são coisas e não seres vivos, desista da adoção de gato. Essa percepção de que quando adotamos animais eles se tornam parceiros para a vida toda, infelizmente, não é a de todos que procuram um animal de estimação. Para se ter uma noção do que esse descaso representa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) há cerca de 30 milhões de animais abandonados só no Brasil, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cachorros.

Pensando tanto no problema ambiental quanto no sofrimento dos bichinhos, elaboramos este artigo. Não adianta simplesmente adotar um bichano porque seu filho quer ou porque você está se sentindo solitário. Há muitos fatores que devem ser observados enquanto você está cogitando trazer um patudo para fazer parte da sua família. Isso mesmo, só adote se você considerar que um animal de estimação merece amor e cuidados incondicionais. Imagina abandonar por aí seus pais só porque já estão no fim da vida? E por que então abandonar animais quando ficam velhos?

Cuidados que você deve ter na adoção de gato

Fora essa reflexão, separamos alguns cuidados fundamentais na adoção de gato. Desde o porte do animal, os cuidados, temperamento e até suas condições financeiras. Há quem dica que fazer uma avaliação cuidadosa ponderando seu interesse no animal e a personalidade dele aumentam as chances de uma adoção consciente em cerca de 50%.

1. Você tem condições de ter um gato em casa?

Adoção responsável é aceitar um bichinho e zelar por sua saúde, alimentação, segurança e, claro, trocar muito amor. Já dissemos que animal não é brinquedo nem coisa e por isso não dá para simplesmente se livrar dele quando se cansar. Lembre que ao escolher um patudo para fazer companhia, ele será seu parceiro durante toda a vida dele. A dos gatos, costuma ser de até 18 anos de muito ronrom e miau. Portanto, saiba antes se alguém da casa tem alergia a pelo de gato. E se tiver, se é possível conviver com um dentro de casa. Além disso, atenção para os seguintes fatores:

  • Dinheiro: não se alimenta um animal só com amor. Por isso, esteja preparado para despesas diárias e pontuais, como ração, vermífugo, antipulga, vacinas e, em alguns casos, a castração. Lembre-se também que há a possibilidade de seu gatinho adoecer e sabemos que nem sempre o tratamento será muito acessível.

  • Segurança: você certamente já ouviu a seguinte frase: “a curiosidade matou o gato”. Muito curiosos e com instinto caçador, podem seguir um inseto ou tentarem conferir algo fora do apartamento sem se importar com a altura dele. Por isso, se você vive em um apartamento, terá que investir em redes de proteção em todas as janelas e sacadas. Além disso, produtos tóxicos também precisam ficar bem longe dos felinos.

2. Não julgue o livro pela capa

Não se prenda a padrões de beleza. De nada vai adiantar escolher um gato que você achou lindo mas que não combina com seu estilo de vida e nem com o ambiente em que ele vai viver. Prenda-se mais à personalidade: é amável, companheiro, brincalhão, relaxado, briguento, sério, preguiçoso? Mesmo que a maioria tenha um padrão de comportamento, o perfil muda bastante na forma como foram criados e também de acordo com a própria raça.

Além disso, cada raça ou mistura apresenta características próprias de pelo, alimentação e temperamento. Considere:

  • Tamanho dos pelos

O tamanho dos pelos influencia no tipo de ambiente em que o gato poderá viver sem atrapalhar a rotina. Pelo mais curto exige menos cuidado com banho e escovação, por exemplo.

  • Porte do animal

Antes de adotar um filhote, pergunte o tamanho estimado que ele pode atingir para evitar surpresas. Gatos maiores precisam de mais espaço e também de mais comida.

  • Cor

Se quiser um felino para ficar solto pelo quintal, prefira os de pelagens escuras, já que um gato branco vai se sujar no primeiro dia e ficar marrom.

3. Passe um tempo com o gato

É recomendado que você fique um tempo com o animal antes de adotá-lo (pode ser uns 15 minutos) para ter certeza de que ele vai querer sua companhia. Se puder visitá-lo no abrigo umas três vezes, melhor ainda. Brinque com ele, dê carinho, pegue no colo, enfim, faça com que ele se sinta seguro. Se o gato não quis sua companhia na primeira vez, saiba que eles se adaptam aos humanos mais lentamente que os cachorros. Então é normal que ele fique desconfiado no início.

4. Descubra como está a saúde

Procure pela opinião de um veterinário antes de levar o gatinho para casa. Assim, além de obter informação sobre a criação do gato, você saberá se ele tem algum tipo de doença ou necessita cuidado especial. E não se engane: mesmo que aparentemente ele esteja bem de saúde, pode haver algum problema. A consulta é interessante até mesmo para já obter dicas de criação para quando levá-lo para casa.

Esperamos que todas essas dicas tenham auxiliado em sua decisão de adoção de gato. Lembre-se: adotar um felino é receber um novo membro em sua família.

Está pensando em adotar um gato? Qual é sua maior preocupação em relação a isso? Deixe um comentário!

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